quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tocantins e a Amazônia Legal

Foi publicada na Folha de São Paulo, pelo Jornalista Felipe Bächtold, que a Amazônia Legal poderá ter sua área reduzida em até um quarto, caso dois projetos de lei que tramitam no Congresso sejam aprovados. As propostas pedem a retirada de Estados que fazem parte da Amazônia Legal. Os excluídos seriam Mato Grosso, principal foco do aumento da devastação medida pelo INPE nos últimos cinco meses de 2007, Tocantins e parte do Maranhão. Segundo a legislação, em toda a Amazônia Legal, as propriedades rurais precisam manter reservas de 80%. De acordo com Felipe Bächtold, produtores rurais e um dos autores dos projetos argumentam que a vegetação desses Estados não é formada em sua maioria por floresta amazônica. Também afirmam que a conseqüência das atuais regras leva produtores rurais ao prejuízo. Ambientalistas, no entanto, temem que, com uma mudança, a degradação das matas se agrave ainda mais. Contudo percebe-se que a luta em defesa do meio ambiente. Está cada vez mais em discussão. Isso porque os representantes do povo não estão engajados nesta guerra, pois sua batalha é proteger o patrimônio próprio, como faz o deputado federal Osvaldo Reis. Grande proprietário de terras e gado na região do bico do papagaio, e para proteger seu patrimônio, apresentou um Projeto-Lei para tirar o Tocantins da Amazônia Legal. Deputado Federal eleito para representar o povo de seu estado e garantir o direito à vida, pessoa esclarecida que é, demonstra em seu projeto que o interesse particular está acima do interesse público.Não tendo a sensibilidade de observar que na atualidade a preservação do meio ambiente é o assunto mais difundido nos meios de comunicação do mundo, e nem isso inibe sua ganância pelo dinheiro. Se tivesse ele um pouco do seu tempo para pensar na humanidade e nos seres vivos como um todo, mudaria seu pensamento, e com certeza sua consciência estaria tranqüila para reprovar uma proposta tão medonha como esta, e poder ainda se redimir dessa grande vergonha apresentado por um deputado da região amazônica. O que agrava ainda mais a diminuição das áreas florestais associada à prática da derrubada, causando assim efeitos danosos em vários âmbitos, tanto em escala global, como regional ou local. Essas alterações são responsáveis por mudanças no clima com o aumento da temperatura e desequilíbrio do regime de pluviosidade, na composição química da atmosfera e no ciclo hidrológico. Além disso, deterioram o solo e geram a extinção da flora e fauna. Um dos fatores segundo o levantamento do INEP, que contribuem para a degradação ambiental além do desmatamento, é a pecuária, a soja, a infra-estrutura, a grilagem, madeireiras predatórias, a falta de incentivos em escala para atividades sustentáveis, a burocracia e a corrupção no Ibama, a cultura de descaso com a coisa pública dentre algumas outras possíveis e aceitáveis. Fatores e variáveis que, diferentemente combinados em função das conjunturas e peculiaridades de cada estado ou sub-região amazônica, compõem a complexa equação da devastação da megabiodiversidade, das centenas de milhares de nascentes, da lesão aos direitos socioambientais dos povos indígenas e tradicionais, e como se não bastasse, ainda tornam o Brasil um dos cinco países que mais emitem gases de efeito estufa na atmosfera em todo o planeta, o suficiente para anular em parte os minguados efeitos do Protocolo de Kyoto, que passou a vigorar em fevereiro deste ano. Os impactos ambientais com a exploração da natureza vêm causando constantes discussões nos órgãos responsáveis pela preservação do meio ambiente. Uma das principais preocupações dos órgãos ambientais do Estado do Tocantins é quanto à questão das queimadas, que têm seu pico em setembro, mês de renovação das pastagens e preparo da terra para o plantio da próxima safra. Uma das ações do Naturatins - Instituto Natureza do Tocantins neste sentido é o monitoramento dos focos de calor. Através deste trabalho constante é possível determinar as áreas mais afetadas e elaborar projetos voltados para o controle e combate a estes focos. Visando reduzir a incidência dos focos de queimadas em áreas urbanas e rurais, bem como, cumprir os acordos firmados no Termo de Cooperação do Plano de Prevenção e Combate às Queimadas de Palmas, assinado durante a abertura da 3ª Semana do Meio Ambiente de Palmas, o Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins realizará atividades de educação ambiental em 5 instituições de ensino da capital.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

É preciso ser um professor motivador? ou motivado para se professor?

Educar para a vida, para a sociedade, para o mundo, preparar para o exame, o teste, o concurso pela sobrevivência. Educar tornou-se algo quase impossível, às vezes insuportável. Não existem motivos, prazer é algo cada vez mais distante da realidade. A realidade, esta sim, é lamentável. Basta pensar nos cursos de licenciatura, relegados ao esquecimento, esvaziamento, a ociosidade de vagas que são rejeitadas pelo seleto grupo de alunos que rejeitam o ofício de mestre, que vêem no magistério e licenciatura, toda a marginalidade do sistema, que percebem nos olhos dos mestres todo o labor de uma vida dedicada a engrandecer pessoas, construir cidadania, formar intelectuais, políticos, economistas, juristas e todos, que sem este labor, dificilmente atingiriam seu clímax profissional e pessoal. Este ofício, sem dúvida o mais difícil dos ofícios, antes de qualquer argumento, precisa de motivação, para depois se tornar motivador. Advém da nossa realidade o questionamento que a sociedade deve fazer com relação ao papel do educador. Deverá ele ser um motivador, ou precisará ser motivado? O que é motivação no âmbito da docência? Como conduzir o educador a um clímax que o conduza a uma situação contagiante com relação ao educando? Será que as discussões estão sendo dirigidas à raiz do problema, ou são ventanias que sopram as folhas secas que caem ao chão? Educar tornou-se uma arte, um sacrifício que só por amor seremos capazes de suportar. Toda discussão volta-se para o educando, o foco das atenções é o resultado que se produz sobre os outros, não se discute metas com os objetivos voltados para a motivação do educador. Afinal, o que serve de motivação para o educador? A nossa realidade, totalmente adversa a todas as práticas pedagógicas discutidas, tem mostrado uma saturação do papel do mestre, educador, no processo ensino aprendizagem. Um sistema débil se formou em torno de discursos pedagógicos e teorias quase que insanas, a teorização da prática educativa debilitou a relação de aprendizagem, trazendo a tona exigências profissionais que fazem do educador uma marionete nas mãos dos teóricos e pedagogos que desconhecem a verdadeira realidade educacional. Os discursos, quase sempre importados, revelam uma realidade anos luz à frente das nossas reais possibilidades estruturais e funcionais. O mundo contemporâneo destes debates não é o mesmo em diversas regiões do planeta, as realidades da globalização das idéias não atingem em proporções e qualidades equivalentes nos diversos cantos do planeta, destarte a implementação das idéias vigentes torna-se uma utopia educacional, não por falta de mérito do corpo docente, e sim pela incapacidade estrutural e funcional que impede uma relação de funcionalidade entre o sistema educacional, o mestre e o educando. Os demagogos que se ponham a criticar, usem, já que podem utilizar o discurso de estarmos sendo retrógrados, de estarmos tentando atropelar as práticas pedagógicas contemporâneas dos nossos filhos e netos. Mostrem-nos, dentro da realidade de cada lugar as possibilidades reais das práticas professadas. Exijam do mestre o que de fato poderiam cumprir se estivessem em seu papel. Façam do seu debate uma defesa do justo, eqüitativo, capaz de transformar a realidade com modelos palpáveis, visíveis, reais. Não percam tempo com teorização de utopias que em nada contribuem para o aperfeiçoamento do educador, para a melhoria do sistema educacional, para o engrandecimento dos reais potenciais do educando. Sejamos justos apenas em sermos verdadeiros, capazes de assumirmos as reais possibilidades, rejeitando os modelos pré-estabelecidos em função daquilo que se ajuste à realidade de cada sistema funcional. O educador não deve ser posto em operação como rato de laboratório, sujeito aos testes pedagógicos insuficientes, até irreais dentro da perspectiva de sua concretização e implantação no plano educacional. Não devemos servir como cobaias que são levadas a motivar, motivar e motivar experiências às custas da simples sobrevivência. Ao mestre, educador, cabe o papel exigido pelo sistema, de estar sempre se aperfeiçoando em prol do bom desempenho das suas funções. Esta é a nova dinâmica social: a exigência mercadológica que faz da função de educador um perpétuo desafio, uma luta incessante que antes de se tornar motivadora de resultados deve ser motivada a produzir resultados em si mesmo, para depois ser capaz de produzir resultados positivos em outros. Transformar a realidade do educador é o primeiro grande passo para poder transformar a realidade dos que o rodeiam, dos que dele dependem, sentir, e receber motivação para tanto é causa, cujo efeito maior será a transferência desta transformação para o plano real, onde o mestre motivado, torna-se um infinito motivador.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

EDUCAÇÃO: o que esperar?

É comum ver entre dialógo de graduandos da área da Educação, a sua ínfima tristeza quando pensa no futuro. Um futuro incerto, mas cheio de expectativas quanto a sua vida profissional, mas o que esperar da Educação? vê-se que muitos profissionais ao se especializarem procuram um curso que o leve para longe das salas de aula. Mas surge uma dúvida, onde foi parar o comprometimento e a cumplicidade com a ética profissional de um professor, que se aprende ainda no processo de formação. Esse é o maior problema enfrentado atualmente na Rede de Ensino a desvalorização da profissão Professor, que inicia-se, pelo próprio profissional da área. Grande parte dos profissionais ou se fecham diante das oportunidades e permanecem sem qualquer especialização ou se especializam em qualquer área para fugirem da responsabilidade de estarem no dominio de uma sala de aula, infelizmente essa é a realidade, pergunta-se para um grupo de jovens o que farão após se formarem? uns dizem não saber só estão ali pelo diploma universitário, outros que vão se especializar em Gestão Educacional, Supervisão...mas nenhum responde em se especializar em Metodologia do Ensino de Matemática ou qualquer outra disciplina, enfim essa é a realidade vista nos bancos de graduação. Educação: o que esperar? não muito se a mudança não vier do interior de cada um, ou seja, ser professor é um dom e poucos o têm, mas infelizmente a demanda do curso não está por que gostam da área mas por que é um curso barato e a maneira mais fácil de se obter um nível superior. Precisamos mudar esse quadro mas só é possível com o apoio dos Governantes em reconhecer que o piso salarial do Profissional Professor é intolerante. Então não podemos jogar uma pedra no professor por sua desmotivação frente a sua profissão...passe um dia no lugar dele e saberá reconhecer o que o leva a fugir das salas de aula...