quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tocantins e a Amazônia Legal

Foi publicada na Folha de São Paulo, pelo Jornalista Felipe Bächtold, que a Amazônia Legal poderá ter sua área reduzida em até um quarto, caso dois projetos de lei que tramitam no Congresso sejam aprovados. As propostas pedem a retirada de Estados que fazem parte da Amazônia Legal. Os excluídos seriam Mato Grosso, principal foco do aumento da devastação medida pelo INPE nos últimos cinco meses de 2007, Tocantins e parte do Maranhão. Segundo a legislação, em toda a Amazônia Legal, as propriedades rurais precisam manter reservas de 80%. De acordo com Felipe Bächtold, produtores rurais e um dos autores dos projetos argumentam que a vegetação desses Estados não é formada em sua maioria por floresta amazônica. Também afirmam que a conseqüência das atuais regras leva produtores rurais ao prejuízo. Ambientalistas, no entanto, temem que, com uma mudança, a degradação das matas se agrave ainda mais. Contudo percebe-se que a luta em defesa do meio ambiente. Está cada vez mais em discussão. Isso porque os representantes do povo não estão engajados nesta guerra, pois sua batalha é proteger o patrimônio próprio, como faz o deputado federal Osvaldo Reis. Grande proprietário de terras e gado na região do bico do papagaio, e para proteger seu patrimônio, apresentou um Projeto-Lei para tirar o Tocantins da Amazônia Legal. Deputado Federal eleito para representar o povo de seu estado e garantir o direito à vida, pessoa esclarecida que é, demonstra em seu projeto que o interesse particular está acima do interesse público.Não tendo a sensibilidade de observar que na atualidade a preservação do meio ambiente é o assunto mais difundido nos meios de comunicação do mundo, e nem isso inibe sua ganância pelo dinheiro. Se tivesse ele um pouco do seu tempo para pensar na humanidade e nos seres vivos como um todo, mudaria seu pensamento, e com certeza sua consciência estaria tranqüila para reprovar uma proposta tão medonha como esta, e poder ainda se redimir dessa grande vergonha apresentado por um deputado da região amazônica. O que agrava ainda mais a diminuição das áreas florestais associada à prática da derrubada, causando assim efeitos danosos em vários âmbitos, tanto em escala global, como regional ou local. Essas alterações são responsáveis por mudanças no clima com o aumento da temperatura e desequilíbrio do regime de pluviosidade, na composição química da atmosfera e no ciclo hidrológico. Além disso, deterioram o solo e geram a extinção da flora e fauna. Um dos fatores segundo o levantamento do INEP, que contribuem para a degradação ambiental além do desmatamento, é a pecuária, a soja, a infra-estrutura, a grilagem, madeireiras predatórias, a falta de incentivos em escala para atividades sustentáveis, a burocracia e a corrupção no Ibama, a cultura de descaso com a coisa pública dentre algumas outras possíveis e aceitáveis. Fatores e variáveis que, diferentemente combinados em função das conjunturas e peculiaridades de cada estado ou sub-região amazônica, compõem a complexa equação da devastação da megabiodiversidade, das centenas de milhares de nascentes, da lesão aos direitos socioambientais dos povos indígenas e tradicionais, e como se não bastasse, ainda tornam o Brasil um dos cinco países que mais emitem gases de efeito estufa na atmosfera em todo o planeta, o suficiente para anular em parte os minguados efeitos do Protocolo de Kyoto, que passou a vigorar em fevereiro deste ano. Os impactos ambientais com a exploração da natureza vêm causando constantes discussões nos órgãos responsáveis pela preservação do meio ambiente. Uma das principais preocupações dos órgãos ambientais do Estado do Tocantins é quanto à questão das queimadas, que têm seu pico em setembro, mês de renovação das pastagens e preparo da terra para o plantio da próxima safra. Uma das ações do Naturatins - Instituto Natureza do Tocantins neste sentido é o monitoramento dos focos de calor. Através deste trabalho constante é possível determinar as áreas mais afetadas e elaborar projetos voltados para o controle e combate a estes focos. Visando reduzir a incidência dos focos de queimadas em áreas urbanas e rurais, bem como, cumprir os acordos firmados no Termo de Cooperação do Plano de Prevenção e Combate às Queimadas de Palmas, assinado durante a abertura da 3ª Semana do Meio Ambiente de Palmas, o Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins realizará atividades de educação ambiental em 5 instituições de ensino da capital.

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