quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A AMAZÔNIA E SUA BIODIVERSIDADE

A realidade da Amazônia pode ser apresentada de muitas maneiras. Ora se privilegia a natureza, destacando sua riqueza e diversidade. Em outros estudos foca-se o desenvolvimento quase sempre centrado apenas no econômico, procurando destacar as riquezas naturais e as formas de transformá-las em mercadorias.(CAMPANHA DA FRATERNIDADE, 2007, p.16).
A Amazônia é um patrimônio do povo brasileiro, não deve ser reduzida apenas ao aspecto econômico, uma vez que agregam uma série de outros valores, como a cultura dos seus povos, o poder medicinal das plantas, os seus aspectos ecológicos, paisagístico, religioso, simbólico e outros. É importante que as pessoas e comunidades que vivem fora da região não se limitem a acolher as informações e análises da realidade da Amazônia, e que esse estudo sirva para aprofundar a solidariedade em relação aos povos que vivem na região, com o intuito de desenvolver iniciativas locais que visem promover uma adequada convivência de todas as pessoas com condições de vida próprias de cada região. Considerada a maior de todas as florestas tropicais, a Amazônia, apesar de sua enorme extensão está correndo sério risco de virar um deserto, pois se encontra na mira das maiores madeireiras do mundo, além da expansão das fronteiras agrícolas. Em termos biológicos e ambientais, sabe-se que as florestas propiciam principalmente a manutenção das condições de vida para milhões de formas de vida vegetal e animal; mantém a umidade necessária para a existência de um clima propício à vida e mantém a qualidade dos recursos hídricos. O que as tornam importantíssimas no sistema global ambiental e conseqüentemente beneficiam o ambiente humano. Porém, até pouco tempo as florestas eram consideradas “empecilhos ao desenvolvimento”, tanto que eram derrubadas sem nenhum critério e não havia ambiente propício para vozes contrárias. Agora, ante estas recentes constatações de suas funções biológicas e ambientais, acrescidas da necessidade da enorme demanda alimentar, tornou-se imprescindível a sua exploração econômica, o que vem propiciando uma crescente resistência à sua derrubada. A floresta em pé passou a representar mais riqueza do que derrubada para implantação de outra atividade qualquer. Assim, pela sua importância e diversidade de riqueza, acrescidas ao desenvolvimento tecnológico que permitiu o descobrimento de novas fontes naturais, as florestas podem e devem ser aproveitadas. Aliás, este é o entendimento predominante nos meios científico-ambientais. Ademais, as explorações dos recursos florestais têm-se mostrado surpreendente a cada momento e poderá ser incrementada. Da exploração de sua enorme diversidade vegetal tem sido possível desenvolver projetos locais de desenvolvimento, fixando e dando oportunidades às suas comunidades carentes. De sua biodiversidade têm saído descobertas farmacológicas imprescindíveis à humanidade. De sua população nativa tem-se obtido informações diretamente relacionadas a estas novas descobertas. Dos seus recursos pesqueiros depende a sobrevivência de muitas de pessoas. Observando ainda que da utilização racional e sustentada da beleza cênica de muitos de seus recantos estará o futuro do ecoturismo mundial, empregando milhões de pessoas com geração de uma rica economia na região.

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